PARABÉNS PARANÁ!

EXISTE O QUE COMEMORAR?

A letra de João Arnaldo é clara: Paraná já nasceste gigante, e realmente nascera. Surge há dezoito anos da fusão do rico Pinheiros, com suas diversas sedes sociais e invejado números de sócios, com o popular Colorado, o Paraná Clube que era tido nacionalmente como o clube do futuro. Com um dos maiores quadros associativos em dia e com uma infra-estrutura invejável, o tricolor surgia como um novo "gigante do sul".

Em 1991 já se tornaria Campeão Paranaense em pleno Estádio Major Antônio Couto Pereira. Em 1992 a redenção. O clube conquista seu primeiro título nacional com apenas três anos de existência, o Paraná sagra-se Campeão Brasileiro da Divisão de Acesso e em 1993 já fazia parte da elite do futebol nacional. Enquanto seus co-irmãos Atlético e Coritiba buscavam o retorno.

O sucesso era evidente. O Pentacampeonato paranaense e as boas atuações na elite do futebol brasileiro nos faziam crer que o clube se tornaria cada dia maior, porém não foi isso que aconteceu.

Embora em 2006 tivesse o melhor ano de sua história com a conquista do Campeonato Paranaense e a quinta colocação no Campeonato Brasileiro, o que lhe rendeu a inédita vaga para disputar a Copa Libertadores da América, o ano de 2007 foi o pior da curta história vitoriosa do clube.

Após uma participação modesta na competição internacional, quando foi eliminado nas oitavas-de-final, o clube perdeu o Campeonato Paranaense para o Paranavaí, em Vila Capanema e rebaixado a Série-B do Campeonato Brasileiro.

Não bastasse o insucesso dentro dos gramados, fora dela à situação foi lastimável. Inúmeras acusações contra a diretoria sobre desvio de valores na venda de jogadores e o afastamento do Presidente Prof. Miranda, foram alguns fatores que culminaram com a queda de rendimento da equipe dentro das competições.

Diante de todos esses fatores o torcedor paranista pode comemorar a maior idade? A resposta é positiva, principalmente se levarmos em consideração o resgate do amor que os torcedores têm pelo clube. Em situações delicadas é que as pessoas crescem e aprendem e espero que com o jovem clube aconteça a mesma coisa. Aliás, quem não chegou aos dezoito anos rebelde dando trabalho aos pais, que atire a primeira pedra.